7 de setembro de 2010

Leitor do Globo na edição impressa

A maioria das cartas publicadas na Seção dos Leitores do Globo é negativa para o PT, ao contrário do que se dá no site do jornal, onde se vê maioria bastante crítica ao partidarismo da mídia. É isso que obriga o jornal a publicar, de vez em quando, ao menos algumas manifestações críticas ao candidato Serra e ao PSDB, claro que em meio a uma avalanche de ataques a Lula e ao PT. Mas essas poucas manifestações anti-Serra já são suficiente, a meu ver, para desmanchar a unanimidade agressiva que o jornal vinha construindo contra a campanha de Dilma.

Abaixo, outro comentário interessante, que aparece em destaque na edição impressa:


8 comentarios

Unknown disse...

Caro, 5 das 11 mensagens publicadas, são contrárias ao Zé da Mooca

José Marcio disse...

Miguel, eu acompanho os comentários do Globo Online há uns 5 anos (não leio também há uns 5 anos o jornal impresso). No início, a imensa maioria metia o malho no Lula e no PT. Xingavam de tudo que se possa imaginar. Quando alguém revidava em defesa do Lula, o tal mediador bania você dos comentários. Cheguei a ligar para O Globo várias vezes pra protestar contra isso. Uma vez o empregado me confidenciou que "o leitor do Globo era assim mesmo" e acrescentou que tinha intruções pra agir de maneira, digamos, tendenciosa mesmo.

Adriano Matos disse...

Prá quem tem programa de governo composto de dois discursos apenas, ao menos agora o Zé tem do que falar mas, claro, não é de política....

Juliano Guilherme disse...

Só nos resta concluir que a principal proposta de governo do Zé é: No meu governo jamais o sigilo fiscal de tucanos, e também sócias da irmã do Daniel Dantas, serão quebrados, já quanto a diretores da Petrobrás, eu não garanto nada

Caripuna disse...

Miguel,

A certidão do TRE deixa margem à dúvida ao tratar do caso de filiação partidária em relação com a inscrição de eleitor de Atella.

Há equívoco na compreensão dos fatos, uma confusão entre o significado dos atos que o Cartório Eleitoral executa e aqueles que a Secretaria do Partido Político pratica. São coisas diferentes, que cumprem função simbólica também diferenciada. Servem para representar fatos, que podem ser falsos ou verdadeiros na sua experiência prática. Exemplo: filiado a partido que não paga a contribuição mensal ou não participa da militância. A ficha de filiação, aí, é mero ato cartorial de conteúdo informacional falso.

Para entender o que aconteceu no imbróglio acima.

- Atella realmente se filiou em 20.10.2003. O título de Eleitor era registrado no Cartório Eleitoral de Mauá. A ficha de filiação ao Partido, também foi feita em Mauá.
- (o PT/Mauá comunicou a filiação ao Cartório/Mauá, remetendo a ficha de filiação e indicando nº de seu título eleitor da 217ª Zona Eleitoral de Mauá).
- O cartório da 217ª conferiu a listagem de eleitor, e confirmou que os dados batiam: registrou a filiação partidária de Atella, incluindo seu nome e dados no banco de dados.
- A justiça é inerte: Esses dados permanecerão no banco, até que o Partido comunique a Justiça Eleitoral qualquer alteração no estado de filiação (expulsão, desfiliação ou comunicação de outro partido informando filiação em nova legenda)
- Alteração: em 10.4.2006 Atella transferiu o seu título de eleitor (inscrição e transferência é ato do eleitor, não do partido) para o Cartório da 183 Zona Eleitoral do Município de Ribeirão Pires. Certamente, ao fazer isso deixou (omitiu-se) de fazer a necessária comunicação da mudança ao Partido a que estava filiado e/ou ao Cartório onde estava registrada a sua ficha de filiação partidária. Consequentemente, nenhum desses dois sistemas burocráticos (à época sob o controle da percepção humana) enxergou essa movimentação do registro do titulo de eleitor.
- Três anos se passaram e veio o Recadastramento de Eleitores Filiados a Partido Político, em 2009.
- O Partido faz a Listagem de seus Eleitores, por município ou comarca e a remete para as Zonas Eleitorais respectivas para que o TRE inclua essas listagens no Sistema de Controle Informatizado de base única. O computador enxerga a todos e cruza todos os dados com precisão matemática binária. Nessa nova fase de informatização, o sistema enxerga tudo!

- Na secretaria do Partido, o computador percebeu que o nome do cara estava errado, não batia com o que estava no título de eleitor. Conseqüência: retira o cara da listagem que vai para o TRE
- No TRE, o sistema detecta duas coisas: a) que o nome de Atella não estava na listagem do Partido: b) que o Atela não pertencia mais à 217ª Zona Eleitoral de Mauá porque tinha transferido seu registro de eleitor para a 183 de de Ribeirão Pires.

E aí, meu?
Onde está a mentira, onde é possível um desmentido? Cada órgão desse cuida de coisa diferente. O TRE cuida de registro de eleitor em sua listagem de cidadania. O Partido cuida de registro de filiado e tem sua listagem de contribuintes e/ou militantes. O TRE faz controle da listagem de filiados a partidos, para prevenir lesão de direitos nos conflitos entre filiados e partidos. Mas o computador só inclui filiado se o partido requerer a inclusão no banco de dados; só exclui do bando de dados, se o próprio eleitor, o partido ou o juiz eleitoral mandar excluir. Se ninguém tomar iniciativa, fica lá para todo e sempre. Ou até que se faça, novamente, um recadastramento de eleitores, cruzando com a listagem enviada pelo partido, de seus filiados.

O PT de Mauá não incluiu o nome de Atella na listagem do recadastramento, porque o nome estava errado... Qual o problema, isso prova o quê? Que a Dilma é responsável pela queda do meteoro que extinguiu os Dinossauros?

Aí já é querer folheiar demais...

Humberto Carvalho Jr. disse...

Se essa carta passou, imagine o que não é censurado. Concordo com você: o que passou já é suficiente.

Abraço!

Unknown disse...

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.

Ricardo Reis (in Odes), um heterônimo de Fernando Pessoa

pescado do excelente Diário Gauche, apoiador de Dilma e Tarso Genro.

armando do prado

kalango Bakunin disse...

haikai para o zé

um raio de sol
um espelho vazio
é tarde demais

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