Entendi porque Paulo Skaf, presidente da Fiesp, virou socialista e quer derrubar o PSDB. Há uma elite em São Paulo que não tem compromisso sequer com o desenvolvimento econômico. Esse editorial do Estadão pregando o fim do Mercosul prova isso. Os industriais paulistas e do Brasil todo estão ganhando muito dinheiro vendendo produtos manufaturados para nossos vizinhos latino-americanos: eles não querem o fim do Mercosul.
Agora que eles (Estadão, Serra e os tucanos em geral) botaram as asinhas de fora, qualquer problema com a Argentina servirá de pretexto para decretar o fim do esforço de unir a América do Sul. Não será preciso nenhum príncipe ser assassinado para a guerra ter início. Qualquer medida do governo argentino será motivo. A Argentina é nosso maior mercado de autopeças, eletrônicos e máquinas, e o Estadão quer detonar o Mercosul porque o governo argentino ameaça restringir a importação de biscoitinhos.
Para eleger o Serra, a mídia paulista não hesita em rasgar dinheiro. Mais uma vez eu lembro do Cidadão Kane dizendo a seu contador, em tom de zombaria, que podia perder milhões de dólares por ano, e mesmo assim sua fortuna duraria até o fim de sua vida.
Acontece que o Mercosul não implica somente numa união aduaneira. Foi criado o Parlamento do Mercosul. Há projetos ambiciosos de se criar uma moeda única. E nada disso é uma utopia escalafobética de terceirosmundistas desvairados. As perspectivas econômicas de uma América do Sul unida são extraordinárias. É a única forma de alcançar os Estados Unidos em nível de desenvolvimento.
O processo envolve, necessariamente, a solução de conflitos. Estes só tendem a aumentar, justamente em virtude da intensificação das trocas comerciais. Só quebra louça quem lava.
12 de maio de 2010
Estadão se junta a Serra na defesa do fim do Mercosul
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Sea Argentina ganhar do Brasil na Copa vão usar isso como motivo para detonar o Mercosul.
E há a integração cultural, a direita brasileira não é conservadora, é burra ou quer tudo para uma panelinha de sempre
Paulão
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