FHC mostra sua face monárquica e declara:
— O Brasil pode mais, pode melhor e pode com mais decência. Não titubeando, com um passo à frente e outro para trás, como faz o atual governo. Eles falam, falam, falam e nós fazemos. O Brasil precisa fazer tudo isso, mas com lisura, com decência, com propriedade, sem passamoleque, sem falsos leilões, sem corrupção. Não basta falar PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), PAC, PAC e não acontece nada. É só projeto! Mesmo não tendo sido nominalmente citada, Dilma foi bombardeada por sua inexperiência.
Depois dessa, creio que os monarquistas aderirão entusiasticamente à campanha serrista. Aquele Orleans e Bragança que de vez em quando escreve alguma xaropada ultrareacionária para os jornalões, deve ter lido isso com lágrimas nos olhos.
Decência! Lisura! Propriedade! Sem passamoleque! Sem corrupção!
Agora ele acabou com Dilma, PT, Lula... Fim de festa. Podem trazer a coroa.
O Serra também disse uma coisa forte, mas sem a contundência patrícia de seu mentor.
— Um governo não é curso de madureza (antigo supletivo), um curso de graduação que a pessoa ganha e aí vai aprendendo — afirmou Serra.
Curso de madureza? Putz! Mas o Globo, como sempre, legenda as falas de Serra. Não há uma frase do candidato que não venha acompanhada de parênteses que complementam ou explicam o sentido do que disse. De qualquer forma, alguém deveria lembrar à Serra que Dilma não é exatamente uma criancinha assustada e sem experiência. Ela foi, durante quase seis anos, a ministra mais poderosa do governo Lula. Visto o sucesso do governo, acredito que ela fez um trabalho razoável. E considerando que Serra sempre elogia o governo Lula, a ponto de dizer que não é "oposição", deveria também elogiar a competência da executiva mais importante da administração que ele admira tanto.
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Segue a íntegra do artigo:
Tucanos sobem tom de críticas ao governo Lula
No lançamento da pré-candidatura de Alckmin, Serra ironiza PT, diz que não organiza dossiês e nem demoniza oposição
Gilberto Scofield Jr.
SÃO PAULO. A cúpula do PSDB aproveitou o lançamento ontem da candidatura de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo para subir o tom das críticas ao governo do presidente Lula e à sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff — chamada de inexperiente por praticamente todos os líderes tucanos que discursaram ontem: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o candidato à Presidência, José Serra, o prefeito de SP, Gilberto Kassab, o candidato ao Senado Aloysio Nunes Ferreira e o próprio Alckmin.
O ato pró-Alckmin virou um ato pró-Serra, contra o PT, e foi num ambiente de anticlímax que o candidato a governador, o último a discursar, defendeu sua plataforma de continuidade do governo tucano em São Paulo.
Após sugerir que o partido participe de seu governo, caso eleito, Serra, indiretamente, voltou a dizer que o governo do PT divide o país.
— Não demonizamos a oposição, não praticamos a truculência, não organizamos dossiês.
Nossa luta não é para fortalecer um partido, mas para fortalecer um país. Somos adeptos da prática da verdade, transparência e não da engabelação do público.
Os ataques mais duros ao governo petista vieram de Fernando Henrique e Serra.
— O Brasil pode mais, pode melhor e pode com mais decência.
Não titubeando, com um passo à frente e outro para trás, como faz o atual governo — disse o ex-presidente: — Eles falam, falam, falam e nós fazemos. O Brasil precisa fazer tudo isso, mas com lisura, com decência, com propriedade, sem passamoleque, sem falsos leilões, sem corrupção. Não basta falar PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), PAC, PAC e não acontece nada. É só projeto! Mesmo não tendo sido nominalmente citada, Dilma foi bombardeada por sua inexperiência.
— Um governo não é curso de madureza (antigo supletivo), um curso de graduação que a pessoa ganha e aí vai aprendendo — afirmou Serra.
Miguel,
Paulo Delgado era o interlocutor do PT junto a FHC. Isto explica muita coisa mas não explica tudo.
No tempo fernandino, era voz corrente que o deputado 'cavava' um embaixada para si.
Isto explica tudo.
É a volta dos áulicos mortos-vivos.
É muita baboseira, não? Sem um pingo de sustância.
Parece pudim, geléia, banha, visgo, gosma, meleca, qualquer coisa sem consistência.
Lembra-ma muito os discursos de Collor: cheio de adjetivos. Conteúdo, cadê?
Dilma, além de ministra de Lula por oito anos foi secretária de fazenda e minas e energia no RS durante mais de uma gestão.
competência e experiência comprovadas...
nunca disputou uma eleição? nossa, tanto melhor...
Um discurso asqueroso, feito por uma figura asquerosa, de um partido asqueroso, repercutido por uma midia asquerosa.
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