8 de maio de 2010

Sequelando o povo

Ontem foi lançado, numa casa de show da Lapa, o jornal impresso Arte & Política, com apresentação da banda Sequelas do Povo. A festa foi muito boa. Há tempos não via tanta mulher bonita. Acho que havia belos mancebos também, mas eu não reparo nessas coisas. Daqui a algumas semanas a gente bota o site no ar.

Os editores do A&P são: este blogueiro, Bruno Dorigatti e Elia Schramm. Fizemos o jornal na raça, com recursos próprios, por puro prazer de fazer algo independente e original.

A festa começou lá pelas 23 horas e foi até mais de 4 horas da manhã. O Sequelas do Povo, cujo vocalista é nosso amigo Marcelo Ceará, começou sua trajetória nas festas de lançamento de edições anteriores.

Vocês não imaginam como eu já me diverti com o A&P. Eu organizava, sozinho e depois com o Bruno, festas incríveis, ou simplesmente encontros dos colaboradores e amigos. Numa dessas, eu fiz o lançamento no alto dos Arcos da Lapa. "Lancei" o jornal lá de cima, e depois fomos beber cerveja no largo, numa das mesas que outrora os ambulantes tinham permissão para montar ali.

A festa de ontem, porém, foi a melhor de todas. Tomamos a sábia decisão de não nos envolvermos com a organização, ficando livres para curtir o evento sem preocupação com bilheteria, cerveja, banda, etc.

O entorno é uma parte da Lapa extremamente agradável, fora do eixo meio paulista no qual se transformou o quarteirão da Mem de Sá entre os Arcos e Gomes Freire. Na esquina da Rezende com a Gomes Freire, resistem botecos originais, autênticos. Os famosos pé-sujos.

Perfeito, porque permitiu à garotada molhar a goela antes. O Casa de Jorge, onde rolou a festa, funciona num sobrado antigo: no primeiro andar, há o salão do show, um corredor com o bar, e um espaço de conversação nos fundos. No segundo, há uma espécie de lounge, com sofás, um corredor com ótima visão da banda e do público, e seguindo adiante, um outro espaço grande de conversação, aberto para o céu do Rio de Janeiro.

O Sequelas têm um repertório repleto de clássicos da música popular brasileira, e alguns internacionais. Misturam tudo, modernizam, inventam. Tocam Ismael Silva, por exemplo, num ritmo mais swingado, dançante, eufórico. Além de músicas próprias, claro.

O povo (eu incluído) hoje acordou meio sequelado pela farra de ontem. Mas orgulhoso e feliz.

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