25 de agosto de 2010

Boa resposta de Dilma: ajuste fiscal apenas se necessário

A Folha produziu um factóide que acabou sendo positivo para Dilma, como aconteceu tantas vezes com Lula. Na ânsia de constranger o presidente, a mídia lançou seus holofotes sobre ele e permitiu que a população comparasse a versão midiática ao fato concreto.

Considerando a euforia dos mercados e da mídia (editorial do Globo hoje) com essa notícia, já começou a pressão sobre o próximo governo para fazer uma gestão mais conservadora.

Ela conseguiu, como se diz, transformar limão em limonada. Ajuste fiscal não é virtude, explicou a candidata, e sim uma necessidade em momentos difíceis. Se tiver que ser feito, será feito, mas no momento não há porque fazer um ajuste fiscal.

- Nós fizemos ajuste fiscal também. Não vou jogar pedra em ninguém porque fez ajuste fiscal. Fizemos quando foi preciso. Nem piscamos. Isso não significa que vou transformar uma necessidade em virtude. Quando há necessidade de fazer, se faz. Quando não se tem necessidade, não se faz. Não é virtude fazer ajuste fiscal. Só é quando é necessário - disse Dilma.

Dilma também conseguiu driblar outra armadilha. A mídia quis arrancar dela a afirmação de que não haveria aumentos salariais para o funcionalismo em seu governo. Ela respondeu:

O reajuste do funcionalismo é aquele que é o merecido. Não vou discutir se será maior ou menor em relação a que, em relação a quem e a que categoria. Não existe um princípio geral. Por que eu falar em tese geral: eu não vou dar ajuste para o funcionalismo? Vocês querem que eu fale isso por quê?

Comente!