Notas sobre o debate no Rio

O melhor foi o embate entre o cara do Psol e o Gabeira. Jefferson Moura esfregou na cara dele suas alianças com o PSDB e o DEM, ou seja, uma reviravolta ideológica de 180 graus que o Gabeira não conseguiu explicar. Gabeira só pode ser compreendido em sua mitologia silenciosa, reverencial, com forte aroma de incenso no ar.

O Gabeira veio falando em empregos "verdes", de um jeito sinistro, que me fez pensar em pessoas de uniforme verde batendo continência para uma coligação Marina-Geraldo Alkcmin.

Esse debate foi muito interessante pelos tipos humanos. Gabeira mostrou mais uma vez sua presença apagada, sonolenta, um ar deleuziano de pilantra intelectual.

O Jefferson Moura do PSOL é um cara engraçado. Falava devagar, quase parando, demonstrando imenso nervosismo. Ás vezes parecia que não sabia o que iria falar.

O representante do Garotinho, cujo nome me recuso a divulgar, mostrou-se um belíssimo exemplo de safado profissional, cheio de pegadinhas e baixarias na manga.

Cabral se deu bem no debate porque virou uma espécie de Cristo. Houve uma hora em parecia que todos os candidatos se reuniriam para linchar o governador ao vivo na Band.